quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Profissionais do salão Os Bahiano's dão entrevista à TV Globo (Programa Bom dia Brasil)

Por 3RVD Comunicação
Pioneiro em termos de trabalho aos finais de semana na região da Vila Guilherme, zona norte de São Paulo, profissionais do salão de cabeleireiro Os Bahiano's dão entrevista para o programa Bom dia Brasil, da TV Globo.

Acompanhe no vídeo:


Vrede.com divulga curso afro realizado no salão Os Bahiano's

Por 3RVD Comunicação
Acompanhe a matéria elaborada pelo jornalista Ricardo Rodrigues para o site de notícias Vrede.com.
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Os Bahiano’s promove curso para cabelos afros a partir de 2013

Muitos podem achar o contrario, mas, manter um cabelo crespo e bonito não é tarefa das mais fáceis. As belas madeixas cacheadas exigem tanto, ou mais cuidados do que os usuais cabelos lisos, que deixaram de ser unanimidade a um bom tempo.
Encontrar profissionais competentes e qualificados nesse segmento se tornou cada vez mais difícil no decorrer dos anos. Conforme a adesão pelo estilo afro cresceu, as exigências dos clientes também aumentaram... (Veja o restante da matéria em http://www.vrede.com.br/os-bahianos-promove-curso-para-cabelos-afros-a-partir-de-2013)

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Salão de cabeleireiro Os Bahiano's se torna referência em São Paulo

Por 3RVD Comunicação
Acompanhe a matéria elaborada pelo jornalista Ricardo Rodrigues para o site de notícias Vrede.com.
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Até o último cliente

A imagem hoje é um item muito importante, seja para o trabalho ou mesmo para a alta estima. Tanto homens quanto mulheres procuram cuidar da sua aparência em salões de beleza. Na correria da semana é praticamente impossível entrar em um salão. A maioria das pessoas reserva o fim de semana a isso, mas devido à grande demanda e o curto tempo de atendimento, muitos acabam voltando sem serem atendidos. Nesse quesito um salão se destaca na região da Vila Guilherme, o estabelecimento Os Bahianos, abre às 8h e só fecha quando o último cliente vai embora.

O Salão Os Bahianos, fica no bairro da Vila Guilherme. Há mais de quatro anos os irmãos Ailton Lopes e Luis Carlos Lopes, abriram as portas do local e se.... (Veja o restante da matéria em http://www.vrede.com.br/ate-o-ultimo-cliente)

terça-feira, 6 de novembro de 2012

História de um dos fundadores do salão Os Bahiano's sai na mídia

Por 3RVD Comunicação
Acompanhe a matéria elaborada pelo jornalista Leo Pinheiro para o site de notícias Vrede.com.
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Do bolo ao belo

“Boa Tarde boy”. É assim que o cabeleireiro Luis Carlos me cumprimenta assim que eu entro no salão. Quase não escuto o que ele diz por causa do barulho que parece fazer parte da fauna do lugar, a secadora de cabelos. Baiano, virginiano, natural do município de Amargosa/BA, demonstra alta habilidade na arte de ser cabeleireiro.

Com estilo despojado, usando uma camisa pólo azul-jeans, bermuda xadrez com as cores branco e cinza, e um tênis Nike branco no pé, ele demonstra um jeito todo brincalhão com as pessoas. Mas muda de semblante completamente quando pega em uma tesoura, seu ar de moleque é substituído por uma seriedade sem tamanho, uma concentração alcançada apenas pelos monges tibetanos, ou por alguém que realmente faz o que ama. Seriedade que seu irmão mais novo Ailton parece já ter domínio, porque.... (Veja o restante da matéria em http://www.vrede.com.br/do-bolo-ao-belo)


Comece o ano com uma hidratação grátis

Por 3RVD Comunicação
Quantas pessoas aderem a tinturas, alisamentos, permanentes, luzes, cortes e se esquecem de um detalhe importante: cuidar dos fios. Para isso uma solução muito simples: uma boa hidratação. Além de cuidarmos da aparência é preciso cuidar da essência do cabelo. Da raiz às pontas.

Cientes desse cuidado indispensável, o salão de cabeleireiros Os Bahiano’s, localizado na Rua Desembargador Urbano Marcondes, 135, Vila Guilherme oferece aos seus usuários o cartão fidelidade, com ele os clientes receberão uma hidratação, completamente gratuita.

Para aderir a essa promoção é necessário utilizar os serviços do salão. A cada R$50,00 consumidos, o cliente receberá um carimbo no cartão fidelidade. Ao completar os seis carimbos, o sexto é cortesia da casa, ganhará uma hidratação profunda – a qualquer dia da semana.

O salão Os Bahiano’s está preocupado com o bem estar de seus clientes. E manter os cabelos saudáveis e bonitos faz parte desse cuidado. Venha ser bem atendido por uma equipe profissional e acolhedora.


MAIS INFORMAÇÕES

3RVD Comunicação
Rosiany Filgueiras
(11) 98419-3854
rose_alfa18@hotmail.com

Ramon Raleandro
(11) 96281-8211
ramon.raleandro@yahoo.com.br

Beleza sem hora marcada

Por 3RVD Comunicação
Domingo, você tem algum evento e precisa dar um retoque no visual. Aonde ir? Preocupados com esse público, o salão de cabeleireiros Os Bahiano’s, rua Desembargador Urbano Marcondes, 135, Vila Guilherme, tem a solução. Atendem de terça a domingo, inclusive feriados.

Os Bahiano’s perceberam a necessidade de ampliar os dias e os horários de atendimento para atingir aos clientes que, na correria do dia a dia, não conseguem se programar para cuidar da beleza. Eles acertaram em cheio. Em pleno domingo, o salão está cheio de clientes felizes por começar a semana com cabelo bem escovado e unhas perfeitas.

Se houver algum contratempo e o cliente não conseguir chegar no horário, não tem problema, basta ligar nos telefones: (11) 2905-3214 ou 2218-0632 e avisar do atraso. Uma equipe estará pronta para atendê-lo mesmo que já passe das 22h.

O salão conta com cabeleireiros capacitados, manicures, depiladoras, além de um amplo espaço para cuidar dos seus clientes que desejam estar sempre em harmonia com o espelho.

Falar com Luis ou Ailton

Telefones: (11) 2905-3214 ou 2218-0632
Horário: das 08h às 21h - de terça a domingo e feriados
E-mail: osbahianos@hotmail.com
Website: www.osbahianos.blogspot.com.br

 
MAIS INFORMAÇÕES

3RVD Comunicação
Rosiany Filgueiras
(11) 98419-3854
rose_alfa18@hotmail.com

Ramon Raleandro
(11) 96281-8211
ramon.raleandro@yahoo.com.br

Cabeleireiros suprem carência de qualificação no mercado afro

Por 3RVD Comunicação.
Folder oficial  do  curso afro realizado no salão de cabeleireiro Os Bahianos em parceria com o instituto Bertolini



































Encontrar salões de cabeleireiros que cuidem dos cabelos crespos não é uma tarefa fácil. Principalmente para as mulheres que assumem as madeixas enroladas. O mercado é pequeno, com pouco especialistas, e produtos ineficazes. Justamente por isso que os poucos cabeleireiros dispostos a atender essa parcela significativa de mulheres, cobram valores abusivos.

Para cuidar desse público específico com técnica e qualidade; o salão de cabeleireiros Os Bahiano’s, abre as portas de seu espaço e apoia o curso Cabelos Afros – Aperfeiçoamento profissional em parceria com o Instituto Bertolini.

Ministrado pelo professor Claudio Henrique Nobes (leia ao lado o minicurrículo), profissional qualificado, com experiência de 28 anos. O curso abordará os temas: ficha de anamnese, análise do couro cabeludo, tricologia, ligações químicas, procedimentos de advertência e referência à ação da base alisante.

Os Bahiano’s e o Instituto Bertolini, aguardam os profissionais interessados em se aprimorar nos dias 14 e 21 de Janeiro de 2013. O salão Os Bahiano’s, está localizado na Rua Desembargador Urbano Marcondes, 135, Vila Guilherme, São Paulo. As inscrições podem ser feitas diretamente no salão, ou no Instituto Bertolini (telefones e e-mail ao lado). O investimento é de R$300.


MAIS INFORMAÇÕES

3RVD Comunicação
Rosiany Filgueiras
(11) 98419-3854
rose_alfa18@hotmail.com

Ramon Raleandro
(11) 96281-8211
ramon.raleandro@yahoo.com.br

Instituto Bertolini
Maurício V. Bertolini ou Rosalina S. Bertolini
Tel.: (11) 2909-0786, 97276-7174,99719-6621
institutobertolinidepsicologia@yahoo.com.br

Professor: Claudio Henrique Nobes
Pós-graduando em cosmetologia aplicada à estética -2012.
Pós-graduado em docência universitária pela UNIP em 2011.
Formado em estética capilar e visagismo pela Cruzeiro do Sul em 2008.
Formado pela academia Longueras, Argentina, e pela academia Pivolt Point, SP.
Está no mercado há 28 anos, onde tem desenvolvido trabalho com o cabelo crespo.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Looks - Os Bahianos

Por 3RVD Comunicação
Conheça alguns dos ótimos cortes e penteados elaborados pelos profissionais da equipe Os Bahianos.










Penteado encaracolado com mechas loiras nas pontas












Penteado ondulado enfeitado com pequenas presilhas em formatos de borboletas









Penteado casual repicado nas pontas













Cabelo loiro repicado












Longos cabelos castanhos avermelhados









Trança embutida adornada com presilhas em formato de flor 






Ailton cuidando do cabelo das clientes do salão de cabeleireiro Os Bahiano's



segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Do bolo ao belo

O dia a dia e a vida de um dos fundadores do salão Os Bahiano's

Por Leo Pinheiro

“Boa Tarde boy”. É assim que o cabeleireiro Luis Carlos me cumprimenta assim que eu entro no salão. Quase não escuto o que ele diz por causa do barulho que parece fazer parte da fauna do lugar, a secadora de cabelos. Baiano, virginiano, natural do município de Amargosa/BA, demonstra alta habilidade na arte de ser cabeleireiro.

Com estilo despojado, usando uma camisa pólo azul-jeans, bermuda xadrez com as cores branco e cinza, e um tênis Nike branco no pé, ele demonstra um jeito todo brincalhão com as pessoas. Mas muda de semblante completamente quando pega em uma tesoura, seu ar de moleque é substituído por uma seriedade sem tamanho, uma concentração alcançada apenas pelos monges tibetanos, ou por alguém que realmente faz o que ama. Seriedade que seu irmão mais novo Ailton parece já ter domínio, porque demonstra ela o tempo todo, ele também esta concentrado cortando o cabelo castanho escuro com luzes claras de uma jovem. Se veste de forma mais sóbria que seu irmão mais velho, com uma camisa pólo cinza, calça jeans básica e um sapatênis azul com detalhes vermelhos.

Um salão, muitas vidas
São 14h30min, e o salão já mostra grande movimento. Todas as três manicures estão ocupadas traçando o melhor desenho para as unhas das suas clientes, de acordo com o perfil de cada uma, duas são senhoras e a terceira é uma jovem com pouco mais de 20 anos. Apesar da gelada tarde de sábado, o clima no salão é quente graças às secadoras e a água quente dos lavabos.

O salão é bem confortável, embora pequeno. O frente não tem nada que chame à atenção das pessoas a primeira vista, a parede é de tijolo liso, há uma parede de vidro com uma foto ampliada da atriz, cantora e modelo Lindsay Lohan, já por dentro as pessoas têm outra perspectiva do lugar, a direita de quem entra é onde a arte acontece, duas cadeiras metálicas com clientes sentadas tendo seus cabelos modelados pelas mãos dos irmãos. Do lado esquerdo tem 6 mesinhas de manicure, apenas 3 estão no salão da frente, as outras estão ou no salão do fundo ou almoçando, já que o movimento ainda está controlável. No canto direito ao fundo o ambiente já é mais hospitaleiro, é onde ficam os cremes e toalhas para lavar os cabelos dos clientes, fica o bebedouro, bolachas cream craker e com recheio de chocolate, uma garrafa de chá e café que eu não tive o prazer de provar ainda – embora o Luis me oferecesse insistentemente –, as garrafas “brigam” por espaço com os mais de 20 certificados de diversos cursos pendurados em todos os espaços, para mostrar que “cabelo é coisa séria” nas palavras do profissional.

Apesar de passar muitas vidas pelo salão, todas elas parecem estar ligadas por uma mesma “teia”. Todos que entram no salão fazem quase que a mesma questão: “E aê Luis como você está? Como está a sua filhinha?”. Mostrando uma relação que passa do superficial, entrando na epiderme da pessoalidade.

No meio do salão estão estrategicamente as revistas, que ficam cuidadosamente dispostas entre os dois bancos prata de 3 lugares cada um, elas estão penduradas como roupas em um varal que esperam ser recolhidas. As revistas no geral são de fofocas de famosos, programação noveleira e de moda, em especial de cortes de cabelo. No teto do lugar tem uma cuidadosa iluminação com uma mistura de lâmpadas incandescentes longas e curtas, e, do lado esquerdo do salão há um vitral no teto, com vidros geométricos embaçados brancos e contornos pretos para onde eu fiquei olhando atentamente por quase 20 minutos admirando sua delicadeza.

O senhor sentado ao meu lado que devorava avidamente o conteúdo de uma revista de fofocas é finalmente chamado por Luis, “O senhor já pode vir”. Até o momento eu achava que se tratava apenas de um cliente qualquer, mas logo quando o velho homem senta na cadeira, olha atentamente para o Luis pelo reflexo do espelho e diz sem motivo aparente “Todo mundo vê o que você tem agora, nem sabe o que teve que sofrer para estar aqui”. Essa conversa vai longe, passando pelos mais variados assuntos, crescimento de vida, de como ele tinha chegado longe, o que passou.

Mas nem tudo é seriedade, no meio dos assuntos arranjam tempo para falar de futebol, e o assunto é um só: Pelé. “Eu acho que ele deve ter uma parte do Santos”, diz o cabeleireiro enquanto aparava na tesoura as poucas madeixas que o senhor possuía em sua cabeça, e continua, “Os americanos começaram a gostar de futebol depois que o Pelé foi pra lá!”. Nisso a conversa toma outro rumo, os craques de ontem versus os craques de hoje, Neymar e Kaká travam uma disputa imaginária contra Romário e Bebeto pelo título de craque das gerações, disputam nos quesitos: técnica, velocidade, potência, gols marcados, polêmicas, e tudo mais que possa ser comparado. Dá empate, dizem que não tem como colocar os craques de ontem com os de hoje em iguais situações, “O Bebeto e Romário estão velhos, e o modo dos jovens jogarem é diferente, só se tivesse como colocar os 4 no auge para jogarem. Pena que não dá”, diz com cara de lamento o velho senhor. Talvez o lamento venha por saber que vai chegar ao fim da vida sem saber o resultado do tal jogo imaginário.

Enquanto essa conversa descontraída ocorre, outras duas manicures voltam do almoço, atrás das mesas onde elas trabalham se escondem de forma estratégica duas meninas, uma é morena e filha da manicure a outra é loira filha de uma das clientes, elas jogam UNO, enquanto as mães conversam no mesmo clima que o Baiano e o velho, no outro lado do salão.

A amizade é tão grande no lugar, que diversas vezes, familiares dos clientes ligam no salão apenas para falar com os eles, “Natascha a sua mãe está no telefone!”, diz a manicure para a garotinha loira, que agora desistiu de jogar UNO para brincar com palitinhos de limpar unha.

O salão tem grande movimento, apenas na parte da frente tem 17 pessoas, a conversa sobre futebol chega a seus momentos finais, agora o tema é o Flamengo, após falarem do caso Bruno e o futuro do time carioca, o homem vai embora sorrindo de satisfação com o novo visual, acariciando o pouco cabelo que tem de tal forma que parece averiguar se eles ainda estão no lugar de origem, como última linha que o liga a sua distante juventude física e o colocasse finalmente na categoria denominada de “terceira idade”.

Já na cadeira ao lado, Ailton está no final de sua mais recente obra, “É um penteado semi-preso”, ele me diz, mostrando do que se trata essa técnica de corte, ele ondula o cabelo da linda jovem no auge de seus 20 anos, os cachos se dispõem pelo rosto da menina tornando a paisagem mais harmônica, seu rosto fica mais leve. Parte do salão para de funcionar apenas para ver como vai ficar. Um prendedor de borboleta é analiticamente escolhido, o “grand-finale” da obra. Todos os funcionários tiram fotos do penteado da moça, “Ficou lindo!” disse a jovem com um olhar tão brilhante que pode ser comparado com as lâmpadas azuis, amarelas e vermelhas da árvore de natal de quase 3 metros que está no salão.

-Vai ficar tudo enrolado assim?! – a mãe da menina questiona.
- Não mãe, a noite ele desmancha... – a filha retruca, para ela não acabar com o clima da jovem.
- Se não desmanchar você vai ficar de topete. – Diz a mãe com uma risada como se estivesse pré-visualisado a cena.

A mãe risonha é cliente dos dois a mais de 10 anos, desde que eles trabalhavam em outro salão com o tio, “Eles trabalham bem, ótimo atendimento, simpáticos”, diz Maria Auxiliadora, jovem senhora de 48 anos, chamada carinhosamente de “Dora” pelos dois irmãos. Ela fala algo que acha primordial, e que ainda faz com que ela venha ao lugar, mesmo tendo mudado para um bairro distante, “O que diferenciam eles é o contato humano”. Para de falar, pois o marido chega para buscar ela e a filha, que vai embora toda reluzente do salão com seus novos cachos cor de mel.

Ecossistema próprio
Os dois telefones do salão não param de tocar um minuto sequer, chega um ponto em que os próprios clientes atendem ao telefone, porque todos estão ocupados, menos a filha de uma das manicures, uma jovem de pele morena chamada Luana, tem uns 13 anos no máximo, ela observa outra garotinha, mais jovem que ela, com uns sete anos. Angelical, a garotinha se lambuza totalmente com seu sorvete Kibon de creme e chocolate, e Luana cai na gargalhada, as duas acabam brincando na mesa de manicure com os esmaltes. Começa uma amizade, mesmo que dure apenas o tempo do pai da menina ir embora.

As vidas das pessoas acabam se entrelaçando diretamente ou indiretamente, talvez pelo fato delas ficarem algum tempo esperando para serem atendidas. Isto faz com que elas precisem fazer algum tipo de contato mais íntimo com as pessoas do salão, afinal, elas que vão tornar esses homens e mulheres mais bonitos, seja por um novo corte de cabelo ao mais simples esmalte de unha.

Com isso outras pessoas podem lucrar informalmente com o salão, além dos donos, a PM Yara é uma delas. De rosto alegre, mas olhar sério, me olha com ar de desconfiança quando vê que estou com um bloquinho e caneta anotando tudo o que via e ouvia. O que faz com que ela vá para os fundos do salão e fique olhando para o lado da frente do estabelecimento, além de trabalhar na Polícia Militar, ela lucra com o comércio de perfumes para os irmãos de Amargosa. Em menos de 20 minutos a Yara vai embora.

Pouco tempo depois uma cliente vai para o fundo do salão e volta com uma caixa de isopor, R$2,50 é o preço do bolo que a mulher de camiseta branca com listras azul marinho vende. Eu compro um de chocolate, que para mim parece mais uma “mousse” do que um bolo, mas fico espantado com o capricho da moça, o bolo tem um creme colocado em formas de gotas por todo o redor do doce, e no meio do bolo, como que colocado por um matemático, é colocado uma cereja exatamente no seu centro.

Apesar do grande movimento por todo o dia, os funcionários nunca deixam de ser solícitos com as pessoas do salão, sempre tem alguém que passa oferecendo café enquanto os clientes esperam, eu aceito um cafezinho. Está ótimo. Quente e doce.

Luis sempre me interrompe para me explicar quais cortes ele faz em suas clientes, “Então Victor você ta vendo? Isso é um degradê, esse repicadinho aqui ó”, e no outro ele fala, “ Aquele cabelo ali é um reflexo”, me dando uma verdadeira aula de corte, admito.

Família-salão
Estou a horas no salão Os Bahianos e não consigo conversar com o Luis, por causa da clientela, a todo instante eu tento numerar as pessoas do salão, não há menos de 10 pessoas no lugar. O salão tem a entrada principal, que fiquei a maior parte do tempo, no fundo há um corredor onde tem um banheiro, duas salas de depilação e outro salão à esquerda, já no fundo do corredor à direita têm outra sala para lavar os cabelos das clientes do segundo salão, uma sala de massagem, a cozinha para esquentarem suas refeições e o depósito de cremes, perfumes entre outras coisas.

Consigo numa sala de depilação vazia conversar com uma manicure que foi até lá para mexer na sua bolsa, celular, e tentar por uns minutos voltar à sanidade daquela correria que estava o salão, em meio a tanta correria e barulheira, pois estava tendo a corrida de F-1 na TV. Quando pergunto a Silvanete da Silva, manicure de 43 anos, olhar ágil, corpo cansado e pele morena sobre o que acha dos irmãos, ela é objetiva “Dois tranqueira, mas é gente boa”, diz com uma leve gargalhada. Ela realmente sabe o que diz, pois os conhece a mais de 16 anos, desde a época em que eles trabalhavam com o tio Fernando em seu salão, o Reis Cabeleireiros, ela conheceu o Ailton em 1994, quando ela trabalhava para o tio dele, e foi conhecer o Luis apenas dois anos depois “pois ele morava em Guarulhos e trabalhava em outro salão, no bairro de Santana”, quando ele veio de Guarulhos para trabalhar com o tio ele “já tinha mais experiência”, diz ela, com um olhar que parece que viajou para aquele tempo num simples piscar de olhos. E depois volta para fazer a unha de mais uma cliente que a espera.

Voltando para o salão principal eu olho cuidadosamente cada sala, e todas têm pelo menos 6 certificados dos funcionários, seja ele depilador, massagista ou apenas ajudante. Num canto remoto em meio a tantos certificados eu vejo 6 medalhas de maratonas, “São do meu irmão, ele sempre compete, nunca ganhou nada. Mas as medalhas estão aí”, Luis diz sobre seu irmão.

Fico em uma mesa de manicure escutando uma conversa de uma senhora de cabelo Chanel, óculos de armação preta, blusa de mesmo tom com costura nos braços, toda moderninha com seus brincos de metal. Ela conversa com a Luana, o assunto é seu aniversário:

- O que você quer ganhar?
- Se eu pudesse queria ganhar um celular igual ao seu. – Luana vai direto ao ponto.

A senhora moderna se chama Zenaide da Silva Souza, na juventude dos seus 51 anos diz que trabalhar ali é “maravilhoso por vários motivos”, os define como “espetaculares” e os dois “oferecem um bem estar pra trabalhar”. Eles que “são o forte do salão”, ao todo, são 15 funcionários fixos, entre os quais são 4 cabeleireiros, mas Zenaide diz que os irmãos fundadores do salão são os mais ágeis com a tesoura e o pente na mão, sendo que vários dias eles nem tem tempo para almoçar.

O salão fica com a sua capacidade máxima da noite, por volta de 30 pessoas, 23 apenas no ambiente onde eu estou. Nessa hora o tio dos dois chega. Fernando, a pessoa que iniciou Luis e Ailton no ramo do cabelo vai ao salão para ajudá-los com o movimento, com camisa rosa clara, calça social e sapatos pretos. Um bigode grisalho que se mistura com o seu pouco cabelo nas laterais da cabeça igualmente brancas, barriga sobressalente, faz com que ele pareça um nobre senhor de terras, ou a um político longe dos palanques, totalmente à vontade. Vem apenas de final de semana ajudá-los, pois mora em Sorocaba, onde tem o seu salão. Ele fica na parte de corte e hidratação.

Esse tio por causa de um acidente de bicicleta na praia quebrou a clavícula há uns três anos atrás, isso fez com que ele não agüentasse a rotina com os cabelos e vendesse o Reis Cabeleireiros para outra pessoa. Hoje ele tem outro salão que apenas administra.

“O que faz o salão ter tanto movimento é que ele é o único na região que abre aos domingos e feriados. Ele cresceu 100%, se dedica muito, faz curso, ele ama demais cortar cabelo”, na opinião de Cosme Rangel de Jesus, 38 anos, amigo de Luis desde que ele e o irmão começaram com o tio em 1995. Para todos eles o salão é praticamente perfeito, a não ser por uma coisa, a espera, “às vezes tem 10 pessoas na fila para cortar o cabelo” diz o terceiro cabeleireiro do local, Sandro de apenas 19 anos, mas cabeleireiro a 3 anos e já com um curso internacional no currículo, “fiz em Buenos Aires, curso de cortes e química, pode colocar na matéria”. Coloquei.

São quase 22h e nem ao menos consigo conversar com o Luis, tirando pequenas prosas entre um corte e outro, ainda tem muito cabelo a ser cortado, o horário dele ir embora é quando “o último cabelo é cortado”, já ficaram até 1h abertos, fechando apenas porque não tinha mais nenhuma alma viva na rua. “Se tivesse gente ainda, estaríamos atendendo”, Sandro diz.


Consigo falar com ele
Domingo à tarde. O tempo está totalmente antagônico ao dia anterior, agora o dia está insuportavelmente ensolarado e abafado, faltam 20 minutos para as 18h, o salão “teoricamente” fecharia às 16h, 
mas eles não haviam cortado o “último cabelo ainda”, Luis me cumprimenta entusiasmado com a matéria, aparece mais bem vestido, com uma camiseta branca lisa da TNG, bermuda jeans e seu tênis Nike preto, aparece de barba feita também, talvez por causa das fotos que eu estava batendo dele e seus cortes.

Sandro adora fazer pose em frente à câmera, com seu ar jovem e galanteador, muitas mulheres vão cortar apenas com ele. O flerte é inevitável. Sempre solícito, chama as suas clientes de “lindas”, e muitas ficam com os olhos brilhando, talvez pelo fato de estarem a horas no salão ficando bonitas para seus maridos e não ouvir um elogio sequer quando chegam em casa, mulheres assim, um simples elogio do seu cabeleireiro se torna algo importantíssimo para sua estima fragilizada. Pode ser esse um dos motivos para o flerte com o rapaz.

Hoje aparece uma nova figura no salão, seu nome é João Batista, 49 anos, cabeleireiro e maquiador freelancer do salão, ajuda apenas nos finais de semana, quando tem muito movimento, assim como o Fernando. Seus trajes são uma camisa social branca, bermuda xadrez preto e cinza e um tênis branco e vermelho da Penalt, pele morena, óculos escuros e bigode. Ele me explica como faz os cabelos de suas clientes, sem ao menos eu ter perguntado nada. “Eu procuro fazer uma pesquisa com a cliente, perguntar aonde ela vai, o evento, com que roupa ela vai, hoje veio uma loira que seria madrinha de casamento do irmão, ela gastou R$300 no vestido, e na hora do cabelo ela fala que quer fazer apenas uma escova. Porra! Ela faz a maior produção, vem num profissional capaz de fazer um corte à altura do evento e da vestimenta, e ela me pede isso?!”, João fica inconformado, como se suas habilidades, com as quais trata de modelar as mais diversas modelos - entre elas, todas as mulheres da feira do automóvel - estivessem sendo menosprezadas por aquela mulher. “Se é para começar grosso e acabar fino é melhor nem fazer”, ele termina e sai batendo o portão branco de metal, com resquícios de art nouveau ao sair do salão para comprar algo.

Em dois dias indo ao salão, é a primeira vez que tem menos de 10 pessoas. São 18h20min e há nove pessoas no salão, Luiz faz em um menino de 9 anos o corte do cantor pop internacional Justin Bieber, após alguns minutos o novo sósia de topete sai satisfeito, mas Luis fala para a matriarca “Se ele não gostar, pode trazer que a gente ajeita de novo”, como se ele percebesse o desgosto do menino quando ele chegasse em casa.

Alguns funcionários já vão embora por causa da pouca quantidade de clientes. Mas os poucos ainda vibram com um gol do Corinthians, outros não. “Isso ta combinado!”, Cosme grita irritado pelo resultado.

Enquanto o clássico São Paulo e Corinthians está em seus minutos finais, com o placar de 2x0 para o Timão, Cosme continua nervoso com o resultado. Mas do lado de fora desse “espaço”, as pessoas do “mundo real” passam e dificilmente alguma não acena para os irmãos amargosenses, ou pelo menos dão um “oi”, mostrando simpatia das pessoas do bairro da Vila Guilherme pelos dois.

A noite cai, são 20h03min, o salão está na “rota de fechamento”, com apenas três clientes, uma família de bolivianos. Dois garotos, um de 5 anos, que não para quieto no salão, correndo por todos os lados e espaços possíveis, aquietando-se apenas quando é colocado na cadeira. Um suporte almofadado de madeira é colocado abaixo do pequenino, na tentativa de fazê-lo ganhar centímetros preciosos, consegue. Ele já se olha no espelho, e Luis começa a fazer o seu trabalho.

Já o outro está na faixa dos 16 anos, é bem mais sério que o irmão, a idade é a responsável, ele fica sob os cuidados de Ailton. Enquanto o mais novo “apara as pontas” e o mais velho faz um moicano, a mãe dos meninos decide lavar o cabelo e cortar as madeixas com o Sandro, que não fica de flerte com ela, pois o marido esta olhando. Ao patriarca da família cabe a triste missão de ficar esperando, e pagar a conta no final.

As funcionárias vão fazendo as unhas umas das outras, e lavam os cabelos, para tirar o cansaço do longo domingo. Os homens vão discretamente limpando o salão principal e assistindo o programa do Faustão. Passa das 21h, a manicure guarda os utensílios após terminar com a amiga-cliente, e Luis finalmente acaba o serviço, a família boliviana sai satisfeita. Começam a puxar as cadeiras e mesas para limpeza geral.

“Agora vamos conversar lá no fundo”. Esse é o momento que eu esperava ao longo de dois exaustivos dias. Fomos ao segundo salão para não atrapalhar a limpeza, ele se senta numa cadeira giratória de metal, eu sento em uma normal mesmo. Enquanto escrevo, ele não esconde o espanto, “Caramba! Você escreve muito mesmo. Igualzinha a uma repórter da Rede Globo que veio aqui outro dia, escrevia por horas num cantinho, pra depois entrevistar e fazer a matéria”. O homem está se referindo a uma matéria feita para o telejornal matutino Bom dia São Paulo, quando fizeram uma gravação do salão numa reportagem sobre o crescimento da indústria dos salões no Brasil.

Nasceu em uma comunidade pobre no Sul da Bahia, a cidadezinha tem pouco mais de 30 mil habitantes. “Morei lá até os 18”, diz o dono do salão, com olhar distante, como se estivesse fazendo um retrospecto de seus 35 anos de vida, seu corpo demonstra exaustão, já a mente tem uma agilidade sem tamanho, buscando memórias perdidas com o tempo. Sua face alegre fica com um semblante sério.

“Comecei a trabalhar com oito anos de idade, era lavrador, roceiro mesmo na fazenda”. Se referindo à fazenda onde seu pai Aluísio José Gonçalves era gerente e a dona Neuza Lopes Gonçalves era doméstica. Ele trabalhava de manhã para ajudar a família enquanto estudava no colégio à noite, foi assim até a 4ª série, largou os estudos para se dedicar apenas a fazenda, seu irmão Ailton trabalhava com ele também. Essa ainda é a realidade de muitos brasileiros nas regiões Norte e Nordeste do país.

Em junho de 1993 segue seu sonho. Cansa de criar calo na mão por causa da fazenda, “sempre tive o sonho de vir pra São Paulo, não gosto de roça, eu gosto do povão”! Ailton também vem em dezembro do mesmo ano no “pau-de-arara” – caminhões onde emigrantes do norte do país saem para outros estados, contém varas longitudinais sobre as quais se estende uma lona como cobertura – diz o irmão mais velho feliz por conseguirem realizar seu sonho.

Lembra de seu currículo na cidade, “fui faxineiro 3 meses, 6 meses de copa e trabalhei durante 7 anos em padaria, como ajudante, padeiro e confeiteiro”. O rapaz de mão dura e calejada aprende a “massagear” massa de pão, mostrando igual habilidade em lavrar a terra e fazer pães. Veio para trabalhar com o tio Juarez, conhecido como “bule”, ele era chefe de cozinha no Caribe. O jovem Luis não pôde ir junto por causa do alistamento militar. Por isso, decidiu ir trabalhar em padaria, afinal precisaria se sustentar. Morava nessa época com outro tio, Santo Lopes, conhecido como “chaleira”, esses tios tinham esses apelidos por serem muito unidos e trabalharem no ramo gastronômico. Morou 1 ano com ele pagando aluguel, depois foi comprar um “barraco” em Cumbica, Guarulhos no ano de 1996.

Em 1999, faz seu curso de cabeleireiro de dia e trabalhava na “padoca” a noite, diz ter escolhido a profissão “ao acaso, não queria trabalhar a noite”, justifica. Ele nega influência da família, com três tios que herdaram a mesma profissão.

Enquanto Ailton aprendia sobre cabelo no salão do tio Fernando, Luis ao final do curso trabalhava num salão em Santana de dia – o salão Marinas – e mantinha a padaria à noite. Mas em 2001 ele larga a arte de fazer pão, para “se dedicar 100% ao cabelo”. Foi trabalhar com o tio e o irmão até o ano de 2008, quando Fernando vendeu o salão para outra equipe por decorrência do cansaço, causado por um acidente. Com isso, Luis e Ailton saíram desse lugar pouco tempo depois, “ficamos um mês para achar esse espaço que você esta vendo”, ele me diz.

Eles eram o diferencial no salão do tio, não foi difícil imaginar que fariam clientela no novo salão chamado Os Bahianos que existe à 2 anos, atendendo mais de 2 mil pessoas por mês, trabalhando mais de 15 horas por dia, todo dia, fechando apenas quando não houver mais clientes. Recentemente conseguiram abrir um site na internet.

Ele alega querer mais. “Eu quero realizar muita coisa. Comprar uma casa própria, dar conforto para mim e minha família”, ele diz com imponência. Esse é o próximo sonho de Luis Gonçalves, dar um lugar digno para ele, sua mulher e filha de um ano e meio, sua irmã e o irmão Ailton viverem. Quando pergunto sobre sua casa, diz viver em um usucapião – terreno sem dono, onde foi construído uma casa irregular onde o baiano mora – pergunto se ele na tem medo do dono voltar, ele responde tranqüilo, “até hoje na apareceu o dono”. Faz 14 anos que ele está lá.

O fim de mais um dia
Sandro entra no local dizendo que vai fechar o salão, “esta tudo limpo”, fala. A entrevista termina. O homem que “gostava de enfeitar bolos, e passou a enfeitar cabelos” está sonolento, precisa ir pra casa, ver sua filha antes que ela adormeça.

As mãos que passaram pela enxada, enfeitaram e manusearam pães e bolos e hoje constroem belos penteados, apaga as luzes uma por uma. A vida demonstrada horas atrás vai se esvaindo conforme vamos embora, o silêncio quase sepulcral parece invadir o salão. São mais de 23h, o único som na rua inteira é o portão florido de metal fechando. “Vambora que a gente te dá uma carona”, me convida Sandro e Luis, eu recuso. O ponto de ônibus é perto e não quero atrasá-los.

Afinal, amanhã bem cedo os secadores serão os despertadores novamente dos vizinhos mais preguiçosos que acordam tarde na segunda feira. Porque para o salão Os Bahianos, não a tempo de descanso enquanto houver cabelo a ser cortado.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Acompanhe o salão de cabeleireiro Os Bahiano's

Por 3RVD Comunicação
É com grande satisfação que o salão de cabeleireiro Os Bahiano’s, em parceria com a 3RVD Comunicação, inaugura, a partir de hoje, o seu mais novo canal de interação voltado a clientes, parceiros e amigos.

O novo canal de comunicação terá como finalidade registrar e mostrar o trabalho realizado pelos profissionais que trabalham no salão Os Bahiano’s, divulgar promoções, eventos e cursos, e ainda, veicular dicas e informações sobre moda capilar em geral, seja por meio de texto, fotos e/ou vídeos.

Nossa iniciativa, além de retratar as atividades realizadas pelo/no salão, é criar um novo espaço onde possamos interagir com quem nos acompanha, por meio de comentários, opiniões, sugestões, criticas e ideias.

Participe. Com a sua ajuda faremos com que o salão de cabeleireiro Os Bahiano’s se torne um dos principais institutos de beleza de São Paulo.


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